Em muitos aspectos, o Morte Incandescente é composto pelos veteranos da cena portuguesa mais antigos e prolíficos, que simultaneamente mantêm seus próprios veículos criativos centrais de longa data e altamente conceituados: Vulturius com Irae e Nocturnus Horrendus com Corpus Christii, ambos mantendo uma visão antiga, intransigente e completamente fora de moda.
Armado com um campo de som dungeônico que amplifica seu poder intrínseco, aqui o Morte Incandescente cuspiu uma ambiencia totalmente dissonante, surpreendentemente cativante, até mesmo “rocking”, mas totalmente odiosa de black metal dos velhos tempos. Vala Comum retorna autenticamente a uma época em que densidade e pureza eram uma superfície constante da “cena” do black metal, transportando o ouvinte para o passado, é um álbum que não pretende romper fronteiras nem limites nem nada, mas invocar dentro aquele ouvinte o pensamento atemporal de que o black metal ainda permanece puro em sua forma mais clara para um seleto grupo de pessoas.
À espreita, espreitando, mutilado e mal-humorado, o Morte Incandescente novamente oferece uma prova pungente de que o verdadeiro black metal é atemporal, eterno, morto-vivo – e não precisa viver de qualquer maneira. Eles vão persistir em seu próprio mundo para sempre, e de fato é um Vala Comum!
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